Sem dizer nada, o homem a observava atentamente para saber se o Senhor tinha ou não coroado de êxito a sua missão. Gênesis 24:21
Você já se sentiu como o homem dessa história, vibrando de entusiasmo, mal conseguindo respirar, enquanto observa a resposta de sua oração fervorosa desabrochar como uma vitória-régia diante de seus olhos?
Ele tinha vindo de muito longe, o servo de confiança de Abraão. Percorrera o longo caminho de Canaã até o noroeste da Mesopotâmia montado num camelo. Certamente, esse não é o meio mais rápido nem o mais confortável de viajar, mas era o melhor disponível na época. Seu senhor lhe havia imposto uma árdua tarefa: “[Você] irá à minha terra e buscará entre os meus parentes uma mulher para meu filho Isaque” (Gn 24:4).
Como você se sentiria se recebesse uma missão como esta: ir para uma terra distante e escolher uma esposa para o meu filho, ou um marido para a minha filha? Onde começaria a procurar? E se encontrasse uma jovem preparada para levar a sério a proposta feita por um estranho vindo de uma terra distante, como a convenceria a deixar sua casa e os entes queridos para se aventurar numa longa viagem e se unir em casamento com alguém que nunca tinha visto? Aos nossos olhos, a missão inteira parece repleta de riscos e incertezas, realmente um tiro no escuro. Compreendendo isso, o servo perguntou ao seu senhor: “E se a mulher não quiser vir comigo a esta terra?
Devo então levar teu filho de volta à terra de onde vieste?” (v. 5). A essa pergunta, o servo recebeu um “não” como resposta.
Assim, partiu, levando consigo 10 camelos carregados de presentes. Após várias semanas de viagem, o servo chegou à cidade de Naor, que provavelmente tivesse recebido esse nome em memória ao irmão de Abraão. Naquele fim de tarde, o servo e os camelos estavam cansados e com muita sede. O servo começou a orar. Pediu a Deus que coroasse sua missão com êxito naquele mesmo dia. O servo estava ao lado de uma fonte de água e orou pedindo que entre as mulheres que viessem da cidade para buscar água estivesse a escolhida. Ela deveria dar água para ele e os camelos.
As palavras mal lhe saíram da boca quando Rebeca apareceu, com o cântaro sobre os ombros. O servo observou curioso a bela jovem e, sem perder tempo, pediu-lhe água. A jovem trouxe água para o servo, depois para os camelos, enquanto o servo olhava atentamente, admirado diante da resposta à sua oração.
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