O pecado é uma falta contra a razão, a
verdade e a reta consciência. Sempre foi um termo usado principalmente
dentro de um contexto religioso, e hoje descreve qualquer desobediência à
vontade de Deus; em especial, qualquer desconsideração deliberada das
Leis reveladas. No hebraico e no grego comum, as formas verbais (em
hebraico hhatá; em grego hamartáno) significam “errar”, no sentido de
errar ou não atingir um alvo, ideal ou padrão. Em latim, o termo é
vertido por peccátu. João Paulo II afirma que o pecado, sob a aparência
de “bom” ou “agradável”, é sempre um ato suicida.
É grande a variedade de pecados que são
cometidos por egoísmo e por falta de visão sobrenatural. Mas Deus em sua
imensa misericórdia quer perdoar os pecados: “Acaso tenho eu prazer na
morte do ímpio? – diz o Senhor Deus – Porventura não alcançará ele a
vida se converter de seus maus caminhos?” (Ez 18,23).
Quando nos aprofundamos nos Evangelhos
constatamos que o evangelho nos chama a conversão, e vemos que Jesus
perdoou muitas vezes os pecadores e concedeu aos apóstolos e a seus
sucessores poder para perdoar os pecados.
A doutrina católica distingue o pecado em 3 categorias:O pecado original, que é transmitido a todos os homens, sem culpa própria, devido à sua unidade de origem, que é Adão e Eva. Eles desobedeceram à Palavra de Deus no início do mundo, originando este pecado, que, felizmente, pode ser atualmente perdoado pelo sacramento do Batismo. Este pecado faz com que “a natureza humana [...] fica [...] submetida à ignorância, ao sofrimento, ao poder da morte, e inclinada ao pecado”.O pecado mortal, que é cometido “quando, ao mesmo tempo, há matéria grave, plena consciência e deliberado consentimento. Este pecado destrói a caridade, priva-nos da graça santificante e conduz-nos à morte eterna do Inferno, se dele não nos arrependermos” sinceramente.O pecado venial, “que difere essencialmente do pecado mortal, comete-se quando se trata de matéria leve, ou mesmo grave, mas sem pleno conhecimento ou sem total consentimento. Não quebra a aliança com Deus, mas enfraquece a caridade; manifesta um afeto desordenado pelos bens criados; impede o progresso da alma no exercício das virtudes e na prática do bem moral; merece penas purificatórias temporais”, nomeadamente no Purgatório.
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