O anjo disse aos que estavam diante dele: “Tirem as roupas impuras dele.” Depois disse a Josué: “Veja, eu tirei de você o seu pecado, e coloquei vestes nobres sobre você.” Zacarias 3:4
No livro de Zacarias (livro bíblico amplamente negligenciado por muitos) encontramos uma das descrições mais encantadoras da graça em toda Bíblia. O personagem central é Josué, o sumo sacerdote do povo judeu que fazia pouco tempo havia retornado do exílio babilônico e estava tentando reconstruir Jerusalém e o Templo.
Josué tinha um problema: vestia roupas impuras. As vestes do sumo sacerdote deveriam ser limpas, puras e belas, mas as de Josué não chegavam nem perto disso. Josué representava toda a nação. Isso quer dizer que todos estavam vestidos com roupas sujas, totalmente impuros diante do santo Deus.
Assim somos nós, todos nós. Até mesmo as coisas boas que fazemos (e fazemos várias de qualidade oposta) são como trapos de imundícia perante Deus (Is 64:6).
Na cena descrita em Zacarias 3, Satanás permanece à direita de Josué para acusá-lo. A antiga serpente, “o acusador de nossos irmãos” (Ap 12:10), é especialista nisso. Ele aponta para os pecados de Josué e suas vestes impuras; aponta para os pecados do pequeno grupo de judeus e aponta para os nossos pecados também.
E ele tem razão.
Mas a história não para por aqui. Outro personagem aparece em cena: o Anjo do Senhor. O Anjo é o Mediador divino, o Intercessor, o nosso Senhor Jesus Cristo. O Senhor diz a Satanás: “O Senhor o repreenda, Satanás! O Senhor que escolheu Jerusalém o repreenda! Este homem não parece um tição tirado do fogo?” (v. 2).
Graças a Deus, Jesus defende nosso caso. Ele nos escolheu. Somos um tição tirado do fogo. Diante de Sua presença poderosa, o inimigo do homem, o especialista em apontar os pecados e os defeitos, se vê forçado a fugir.
A mesma ordem dada a Josué serve também para nós: “‘Tirem as roupas impuras dele.’ [...] ‘Veja, Eu tirei de você o seu pecado, e coloquei vestes nobres sobre você.’ [...] ‘Coloquem um turbante limpo em sua cabeça’” (v. 4, 5).
Sozinhos, não somos nada. Com Jesus, somos tudo. Nossa justiça é como trapos de imundícia. Sua justiça é como vestes nobres que nos cobrem e nos purificam.
Quem somos nós
- Movimento de Cursilhos de Cristandade de Blumenau
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